sexta-feira, 30 de julho de 2010

AMOR & FAMILÍA S.A.

Uma empresa em extinção?

Profundas transformações induzidas ou introduzidas em buracos culturais; está atingindo as pessoas; o que põe a descoberto nossas mazelas íntimas, familiares e sociais.
Sei lá quando, antes; mas, antes família era sinônimo de amor e casamento e qualquer deslize podia ser escondido sob o tapete da hipocrisia social confinada a um pequeno grupo; até ajudado por outras empresas como as “casas de tolerância” ou factory Love; mas, hoje qualquer deslize pode ser colocado via satélite para a apreciação e o julgamento de milhões de pessoas; e cada vez fica mais difícil manter as aparências; ou se é ou não.

Além de uma maior transparência dos fatos e das pessoas serem obrigadas a se mostrar de verdade; está em curso uma conjugação de fatores que gera na intimidade das pessoas uma sensação de liquidação para balanço, uma vontade de aproveitar não eu sei o que, antes que acabe; isso cria e alimenta uma ansiedade doentia. Ninguém quer parar para pensar, pois se o fizer o outro pode aproveitar a vida mais do que ele. Sem dúvida, isso iria desembocar no que se chama de amor e nas relações pessoais e familiares, dia menos dia, e com intensidade cada vez maior.

O sentimento do amor como exemplo está passando por uma profunda revisão. Daí; o próprio conceito de casamento e de família.

A reciclagem do conceito amor:
A cada etapa evolutiva superada, a cada novo degrau conquistado na evolução, o sentimento do amor deve ser reciclado, atualizado, reestruturado.
Para as pessoas que ancoraram na fase animal com predominância dos reflexos e dos instintos, amor: é a pura e simples relação sexual proporcionada por hormônios, odores e atração energética pelo sexo oposto, de cujo fruto pode nascer as crias ou filhotes que perpetuarão a espécie; para esses o ideal seria usufruir desse amor sem crias; pois de certa forma já se sentem um pouco incomodados pela responsabilidade que vem junto com o filhote e seu destino. Para muitos: crias significam estorvos ao egoísmo, á luxúria, ao orgulho; daí tentam legalizar o aborto – ou fazem como os chinas que matavam na cara dura as primogênitas e hoje as transformam em rainhas de um pobre hárem – daí que na atualidade, disfarçadamente pela cultura, é o país dos sei lá...

Tal e qual nas empresas com administração arcaica; na tentativa de manter a mofada estrutura de família:
Algumas dessas “tribos” têm cara de ser humano, jeito de ser humano, vestem-se como tal e já apresentam o gérmen do amor/materno e paterno traduzidos nos cuidados que dão às crias nas primeiras horas ou dias de vida pela sobrevivência; descaracterizam-se como seres humanos ao abandonar as crias à própria sorte e à ação de predadores. Como já são dotados de um
certo grau de livre-arbítrio; nesse momento atiram a pedra do abandono que irá desencadear a futura experiência deles próprios na orfandade de todos os tipos, num futuro nem tão distante.

Nesta fase algumas “tribos” já são monogâmicas, outras; porém “pegam” o primeiro parceiro que aparece pela frente.
Para os que intermedeiam a fase de animal e de troglodita, o amor já pode ser uma energia mais elaborada, pois já começa a brotar o desejo de pensar junto ao sentir e agir, que precede e dura até o final do ato sexual chamada “tesão” (é uma energia de instinto já com uma certa elaboração mental). Nesses, o gérmen do amor/materno/paterno/cria, já está mais desenvolvido e a interação mãe/pai/cria é mais duradoura e interativa (primórdios da educação). Surge nessa fase a descoberta das sensações mais elaboradas iniciando a estimulação dos sentimentos pelo: olhar enternecido, toque, afago, carícia e desabrochar do sentir-se responsável...
Para os que se encontram ainda na fase de trogloditas, além do reforço contínuo das conquistas da fase anterior, somam-se outras: o sentimento de responsabilizar-se pela vida e pelo planeta, estende-se aos outros membros da espécie mais próximos.
A capacidade de discernir se refina, o livre-arbítrio aumenta e a lei de causa/efeito começa a ser sentida em toda sua plenitude. Dessa fase em diante começam de verdade os problemas do candidato a homem: é possível escolher; mas em contrapartida é obrigatório colher. Mais elaborada a evolução: a criatura percebe que desgostando do que colhe o plantio pode ser refeito, mudando-se as conseqüências...

Começam a se formar os grupos em sintonia pelo tipo de amor já alcançado; as “tribos em rede”. Uns decidem progredir e outros estacionar. O risco de atraso pessoal e coletivo é nessa fase quando o sentimento do amor ainda primário e sensitivo pode ser levado a paroxismos e a extremos. É a manutenção do limite máximo da sensação de “tesão” a respeito de tudo que seja do sexo oposto ou até que não seja... Daí, estaciona também a relação interativa mãe/pai/filhote, a educação emperra e as criaturas começam a colocar-se à margem do grupo maior em virtude da estagnação da relação interativa social. A interpretação de dor e sofrimento físico ou moral “correm leves, livres e soltas...”
Muitos de nós se encontra nessa fase intermediária entre o troglodita e o ser humano; nela já se pensa mais portanto já há reavaliação das escolhas e dos atos, seja consciente, seja energética ou inconsciente, disso nasceu o sentimento de culpa que tanto nos inferniza, alimentado com a ajuda de alguns espertalhões que querem vender aos outros a paz íntima, como se isso fosse possível...
No quase/homem o sentimento do amor já tende a se tornar mais pleno; porém predominam os interesses somados aos instintos ainda pervertidos em muitos. Daí, o predomínio do amor/paixão nas relações com envolvimento da energia sexual, do amor/apego e do amor/posse nas relações afetivas mãe/filho/pai e até entre os outros membros do clã; devido a isso, as relações familiares necessitavam e ainda necessitam durante algum tempo mais do casamento documentado e legalizado para manutenção do equilíbrio social.

Mas, tal e qual nas empresas do presente; para que a instituição família e casamento sobreviva sem falir; é preciso; acima de tudo: aprender a amar com inteligência – amar com o cérebro, o coração e os órgãos genitais integrados. Na ordem certa.

Aprender a ler nas entrelinhas da vida, é mais do que básico; pois os analfabetos da leitura do dia a dia não merecem permanecer nesta sala de aula.

A vara de execuções penais cósmicas, com prazo para acabar, promove o último leilão para saldar os débitos dos interessados...

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