sexta-feira, 13 de abril de 2012

ERA UMA CASA MUITO ENGRAÇADA NEM ERA LAR NEM ERA NADA




Há muita gente sem teto que mora numa casa muito engraçada muito parecida com a da música A CASA do poeta Vinicius de Morais.

Natural que quem não tem casa dificilmente terá um lar. A qualidade da casa depende das posses; já a qualidade do lar nem tanto. Casas são erguidas nas areias da ilusão; lares são fundados nas rochas da vivência da ética cósmica.

Na atualidade muitas pessoas que tem belas e confortáveis casas também poderiam viver em belos lares. Não o fazem por falta de berço ético, organização e planejamento.
A informalidade tomou conta da vida das pessoas.
Quando dizemos que nas casas não há regras queremos dizer que a vida em família está mal gerenciada para os dias atuais. Em muitas delas cada um faz o que lhe dá na telha, e regras são aplicadas ou não, apenas quando interessa.
As pessoas se juntam ou “ficam” como dizem os mais jovens de papel passado ou não, e vão tentar viver em comum para ver no que vira. Nem tanto assim; mas, é quase isso.

Falta planejamento, a começar pela própria constituição da família. Os jovens ainda as formam baseado em impulsos momentâneos. Poucos sabem quem são de fato e o que querem para si com discernimento e clareza.

A vida em comum está muito romanceada, até novelesca. Isso, explica em parte os motivos de tantas separações precoces. Conversar sobre amenidades sob o fogo das paixões é uma coisa; e conviver com uma pessoa desconhecida todos os dias é outra bem diferente.
Os objetivos de vida do casal nem são bem definidos, e muitas vezes nem muito compartilhados. Além disso, o papel de cada um na vida em família não está definido com clareza nem lógica.

Quando nasce um filho programado ou não, a relação entre o casal já estremece.
Os pais não se preparam para receber a criança.
O despreparo é emocional, afetivo e principalmente gerencial. Eles são bombardeados com informações de como melhor educar o filho tanto pela família quanto pela mídia, e acabam se atrapalhando com coisas bem simples e até naturais. De repente gerar um filho poderia coroar a relação afetiva e de realização humana do casal, e ao invés disso, torna-se um problema e, até um motivo para que simples regras de funcionamento da casa sejam esquecidas. Se é que já as havia.

Muitos são os motivos que levam as famílias a viverem, numa até bela casa, uma vida complicada e até com muito mais momentos sofridos do que alegres; simplesmente pela falta de planejamento e de regras de convivência que sejam lógicas, claras e efetivamente cumpridas ao pé da letra – deixo de lado a falta de ética cósmica; no entanto me preocupa nosso futuro como sociedade na qual a lei de levar vantagem em tudo se tornou regra aceita em todos os níveis de interação social, política e de jurisprudência – explico, no meu local de trabalho circulam pessoas de quase todas as classes sociais; deixo exemplares dos livros voltados para educação e ética cósmica para que os pais possam se interessar; muitos se interessam e roubam, levam embora, os livros depois de se interessar por eles; o que esperar dessas almas sob sua guarda?

Infelizmente a maioria das nossas casas; mesmo com teto, telhado, janela, banheiro, TV de 40 polegadas, todo tipo de tranqueiras eletrônicas e todo conforto que o dinheiro pode pagar ainda nem é lar nem é nada.

Quem sabe um dia depois de amanhã...

Namastê.

domingo, 25 de março de 2012

A QUALIDADE DO AMBIENTE DOMÉSTICO




Muitas pessoas já concordam que o modelo atual de família está esgotado e necessitando de reciclagem.

Na reestruturação da família para evitar a sua falência, dentre outras coisas, é preciso investir na qualidade do ambiente doméstico.

Como avaliar a qualidade do ambiente doméstico?

Não precisamos de consultoria para avaliar nosso ambiente doméstico. Qualquer pessoa pode analisá-lo pela forma de sentir-se bem ou mal, feliz ou infeliz quando se encontra no mesmo. Um lar deve ser um refúgio, um “porto seguro”, para onde retornamos para nos refazer após as tarefas do dia a dia. Um local agradável onde cada um da família alimenta o outro de energias carinhosas e que gratificam através do pensamento sem esperar retribuição, que se transforma num tipo de expectativa que frustra e infelicita.

O que seria um ambiente doméstico de boa qualidade?

O conceito de qualidade ambiental no lar é subjetivo, então não pode ser padronizado. Conforme já colocado, as sensações que percebemos quando estamos nele é o referencial capaz de nos estimular a melhorá-lo na aparência e na qualidade das energias que o compõe.

A parte física é construída segundo valores e fatores que nem sempre dependem da vontade de seus componentes. Mais ou menos posses podem determinar a qualidade em alguns aspectos noutros não. Pobreza não é sinônimo de mau gosto nem de sujeira. A ostentação e a suntuosidade também não indicam sempre bom gosto. E o ambiente subjetivo depende da qualidade evolutiva de seus integrantes, sempre.

O ambiente extra/físico de um lar é construído segundo o padrão vibratório dos que o integram, pensamento a pensamento, sentimento a sentimento, frase a frase, gesto a gesto. E sua boa ou má qualidade reflete sempre as qualidades do caráter dos que ali moram.
Estudando-se uma habitação nos seus aspectos físicos e extra/físicos pode-se deduzir a qualidade íntima de seus integrantes, com boa margem de acerto (vale lembrar sempre que estudar não é julgar criticamente, quem assim o faz, corre o risco de julgar-se superior ou inferior com todas as conseqüências que isso traz).
Em muitas famílias predominam indivíduos que nunca dão nada de seu e com nada contribuem para melhorar o ambiente do lar; seja na qualidade das energias que emitem; seja no que diz respeito ao ambiente físico.

A intenção do bate papo de hoje é apenas estimular a busca do diagnóstico da qualidade e até da sanidade do nosso ambiente doméstico, para depois buscar soluções para melhorá-lo.
Alguma vez parou para pensar no assunto?

Em tempo:
Não cobre dos outros fazer o mesmo. Quem mais sabe tem que responder pelo saber (Lei da responsabilidade progressiva).
Não tenha pressa.
Faça disso um projeto de fácil execução.

Dicas?
Tudo a seu tempo.

Mas:
Vê onde estás pisando.

Namastê.