Essa é uma frase prá lá de comum.
O casamento acabou - para que casar?
Meu filho, minha filha, não cometa essa besteira!
– Pois, casar hoje não segura marido nem mulher e o que é pior, nem filhos mais seguram casamentos; casa-se e separa-se como se troca de roupa.
Cuidado com as rapidinhas; pois, se for macho pode ser escorchado com acordos milionários; isso se for rico e na mídia; caso seja pobre; estará na praça mais um filho de mãe solteira (no sentido de pobreza e de oportunidades na vida material e psicológica).
Nesse tipo de interpretação carregada de insatisfação está o erro: o homem não está virando um animal; apenas porque que se fingia de homem - é que está descaradamente ficando à mostra frente a si mesmo e aos seus iguais.
Vários fatores contribuem para aumentar o casa/descasa em larga escala, vejamos alguns deles:
O principal e mais importante é a imaturidade e a educação paupérrima em valores éticos.
As condições de instabilidade e de insegurança do momento criam nas pessoas uma ânsia de aproveitar o que acham que a vida tem de prazeroso a oferecer, e como são imaturas a convivência é sempre difícil e dolorosa – daí, o bordão: Prá que casar?
Esse filme é o mais assistido recordista de bilheteria no cine cósmico:
Passada a fase de romance (ás vezes de minutos numa das baladas da vida); uns sempre põem a culpa nos outros pela sua insatisfação pelos aconteceres em sua vida; traduzindo a própria incompetência em ser feliz e realizado.
Daí vão em busca ou já buscam mesmo durante a relação em curso, aquele alguém que os fará feliz quando a grana domina e, é boa, farta; quando não; quando apenas “farta” (no dicionário manes): chamam-nos de traidores, pilantras, manos.
E, assim, nós, esses seres de múltiplas caras, vamos levando a vida; somos casados com uma pessoa; mas curtimos a fase de namoro de meu bem para cá, meu bem para lá com outras; na real ou assistindo TV; na NET; nas elucubrações mentais...
Um dos motivos; dessa visão caolha das relações; é que, não nos damos tempo para compreender e nem para aceitar o outro como ele é. Para aumentar a dimensão do pula/pula a cerca real ou mental do respeito às juras e aos solenes compromissos; a liberação da mulher contribuiu para tornar a coisa mais explícita – botar os pingos nos is; pois antes poucas tinham coragem de abandonar os maridos infiéis ou por outros motivos mais íntimos. Antes uma mulher descasada era mal vista socialmente; mas a globalização aumentou o número de descasados e banalizou o fato. Nada bom nem ruim; apenas expôs a realidade como ela é nua, crua, burra – tal e qual num noticiário das sete; cósmico.
Outro fator no aumento do casa/descasa é sócio/cultural; pois, o conceito amor e vida conjugal é muito romanceado na sociedade; principalmente pela mídia televisiva e das revistinhas de sacanagem cultural.
Planta-se a idéia na cabeça das crianças e dos jovens daquela maravilhosa e eterna vida de felicidade a dois; porém, o dia a dia de dois imaturos, egoístas e despreparados mostra exatamente o contrário; levando-os à angustia; à sensação de fracasso, de incompetência, irritabilidade, depressão e até à doença física; pois, um sempre espera do outro o que ele ainda não tem para oferecer fora do momento da relação sexual, ou até antes e durante: diálogo; respeito, carinho; e pior: um espera do outro o que ele mesmo não oferece. Todos querem receber sem a contrapartida de dar. Fazem questão de ignorar a lei de retorno: é dando que se recebe.
Momento de reflexão para casados, descasados e sem ninguém:
ESTÁ DANDO O QUE E PARA QUEM?
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
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