quinta-feira, 8 de setembro de 2011

QUANDO O AMOR ASSUSTA




Embora todos no planeta já tenham sido muito amados um dia em algum lugar e por muitas pessoas; incontáveis almas não se recordam mais do que seja sentir o sentimento do amor. Da última vez; não foram filhos desejados; viveram sempre marginalizados, perseguidos, maltratados, desrespeitados – elas conhecem apenas o medo, a raiva, a agressão, o ódio – qualquer coisa que se apresente diferente disso lhes tira o chão, desarticula seu raciocínio.
Falar de amor para essas pessoas é como mostrar um avião para um silvícola – algo espantoso, amedrontador, incompreensível; pois não tem registro na sua experiência atual.

Algumas almas estejam encarnadas ou principalmente desencarnadas, assustam-se quando se fala de amor ou se cogita a possibilidade de serem amadas.

Em todos os momentos o sentimento do amor deve ser abordado com cautela; especialmente para os que não se lembram mais do que seja senti-lo.
O verbo amar já foi conjugado de todas as formas possíveis e imagináveis. Quantas vezes ouvimos as expressões: amor verdadeiro; amor falso. Eu te amo de verdade! Você me ama de verdade? Será possível amar de mentira? O que seria amor verdadeiro? O que seria amor falso? A maioria dirá que o amor verdadeiro é aquele amor sincero e desinteressado. Isso pode ser correto quando se trata de falar de amor; no entanto, amar é diferente de falar de amor. Antes de falarmos de amor, feito papagaios, será preciso refletir a respeito.
O amor é: Sentimento? Emoção? Atitude? Carinho? Afago? Energia? Pode ser qualificado? Há amor de boa qualidade e de má qualidade?

Concordo absolutamente que o amor tudo pode; tudo consegue; tudo transforma – já vivi essa experiência inúmeras vezes; inteligências vigorosas, argumentos imbatíveis desabam frente á simplicidade da energia do amor.
Ele deve ser percebido, sentido e expresso como a energia da vida. Como uma expressão harmoniosa do conjunto pensar, sentir e agir que nos caracteriza. Deve ser do conhecimento de todos que a energia irradiada nessa condição de emoção intensa, afeta além do agente emissor aquele a quem essa energia é direcionada. É capaz harmonizar mentes e corações endurecidos pelo desamor; pode curar e harmonizar.
Mesmo as pessoas que receberam desta vez atenção, carinho, cuidados, respeito, Até nós, quando lemos em algum lugar ou ouvimos de alguém que o amor cura; nós ficamos desconfiados de que estejamos sendo enganados.
Quando falarmos de amor, em especial para os desencarnados, é preciso criar uma atmosfera de estado de amor.
O que seria estar num estado de amor?
Estar receptivo ao amor. Sintonizar amorosamente.
Quando estamos prontos para dar e receber amor, entramos num estado amoroso que atinge todos os nossos elétrons, átomos e todas as nossas células do corpo físico.
Como fazer isso?
Simplesmente amando; praticando Mas, para amar é preciso compreender o que seja amor na sua plenitude. Então antes de falarmos de amor, é preciso aprender a amar – algo muito diferente de controlar, possuir.

Exercício para aprender a amar:
Vá a um lugar tranqüilo.
Feche os olhos.
Imagine-se na situação de não ter sido um filho desejado.
Nunca recebeu um carinho.
Vive jogado de um lugar ao outro.
Desconfiado. Com medo.
Desrespeitado.
Agredido.
Imagine-se vivendo uma existência inteira assim e desencarnando nessa condição...

Sempre que nos defrontemos com uma alma que está cristalizada na dor, raiva, ódio, prepotência; devemos recordar que ela está assustada com a possibilidade de ser amada. Afinal todos nós temos medo do desconhecido.
Para quem não se lembra mais do que é sentir amor; essa nova possibilidade amedronta.

Namastê.

Um comentário: