domingo, 18 de setembro de 2011

DEUS NOS DEU A VIDA PARA CADA UM CUIDAR DA SUA?




Neste universo é tudo um dentro e fora, encima, embaixo.
Diz o bom senso que só deveríamos nos preocupar em cuidar do jardim depois que a casa estivesse em ordem. Mas, nós somos especialistas em inverter a ordem natural das coisas. Nossa morada íntima costuma ser um pardieiro de pensamentos sentimentos e emoções e, no entanto queremos moldar a paisagem em torno; reformar o jeito de ser das pessoas; mudar o mundo.
Claro que Deus nos deu a vida para cada um cuidar da sua; mas Ele também nos deu uns aos outros para que nos completássemos.
Sabemos que a família é a grande oficina de aprimoramento humano; felizes daqueles que já conseguem compreender isso e, se esforçam ao máximo para reajustar-se com os que hoje participam mais próximos da sua evolução – na qualidade de companheiros desta viagem.
Dentre outras coisas ela reforça o sentimento de compromisso para com os filhos; embora predominem as preocupações com as necessidades materiais em detrimento do mais importante que é o aperfeiçoamento da sua alma.

Como se formam?
Estamos compromissados pelas relações do passado. Compromisso é diferente de determinismo; ele é flexível, pode sofrer mudanças à medida que desejemos; respeitadas as condições evolutivas dos envolvidos; também podem ou não serem cumpridos (os imaturos não costumam cumpri-los apenas adiam-nos).
Na constituição das famílias, a aproximação entre os que vão participar dela se faz de forma voluntária ou pela sintonia automática num processo de imantação (atraímos e influenciamos os semelhantes, mesmo sem o desejarmos).
Um incontável número de pessoas chega ao plano espiritual dementada e sem condições de escolher nada; nesses casos o processo é quase automático: assim que possível: retorno ao corpo físico para que o espírito adquira condições de uso do livre arbítrio. Quando é possível superar a crise da morte em razoáveis condições psicológicas nos deparamos com as conseqüências das escolhas prejudiciais a outros, e nos propomos a reparar. Nesse tipo de situação, há um projeto de retorno á vida física sob a supervisão da espiritualidade superior; para justificar a interferência, é preciso lembrar que necessitamos da supervisão dos mais capacitados que se responsabilizam pela experiência até que nós mesmos possamos fazê-lo.
Durante o “desdobramento” do sono renovamos os compromissos com os que serão nossos familiares em reunião presidida pelo grupo de apoio; só renascemos numa família com a concordância dos pais. Por isso, quando algum filho disser que não pediu para nascer, podemos responder com absoluta convicção que, não apenas pediu como até implorou.

Quando saímos do estado de vigília nosso espírito fica livre para movimentar-se no plano espiritual. Toda vez que dormimos nos relacionamos com espíritos desencarnados; e até com os ainda encarnados; segundo os interesses e a sintonia.

O compromisso do casal para a formação da família pode ser cumprido ou não; e, a recusa pode ser por motivos interesseiros para adquirir dinheiro ou posição social...; nesse caso, serão feitas reuniões durante o sono na tentativa de manter o compromisso e o programa original. Não sendo possível, reprogramam-se as tarefas, aguardam-se os desdobramentos futuros e as reparações, caso ainda sejam necessárias, aguardam um novo ciclo de tempo.
Alerta:
A negativa pode ser induzida pela influência de alguém. Quem gosta de dar palpites na vida dos outros, deve lembrar-se que aconselhar não é impor, escolher, pelo outro; é abrir possibilidades de escolhas sinalizando conseqüências.
Uma situação ainda comum é a interferência familiar na vida afetiva dos jovens: não pode namorar tal pessoa porque é pobre, beltrano porque é negro ou branco etc. As conseqüências podem ser danosas à integridade emotiva; e também contabilizadas no foro íntimo dos interventores.

A importância do esquecimento do passado:

Não nos lembrarmos das vivências de outras existências é vital para a continuidade do progresso; mesmo que em certos momentos usemos o argumento da injustiça de sofrermos conseqüências de escolhas das quais, para nosso próprio bem, não recordamos.
Ele é uma forma de perdão na simplicidade da Justiça Divina; sem ele a harmonia e o amor jamais seriam alcançados. Seria impossível a um pai conviver com um filho sabendo que na existência passada este lhe seduziu a esposa, espoliou-o de todos os bens, e tirou-lhe a vida. Os sentimentos mais prováveis seriam: ódio, ressentimento e desejos de vingança; nenhum alquimista conseguiria do atrito da consciência de culpa e remorso do filho com o ódio e ressentimento do pai fazer brotar o amor na sua plenitude, caso não dispusesse do concurso do tempo, do esquecimento do passado e de novas existências.
Mas afinal; se Deus deu a vida para cada um cuidar da sua – como será possível nos ajudarmos uns aos outros?
Amando; simplesmente.
Mas, de que forma estamos amando?
Qual a qualidade do meu amor?

Namastê.

sábado, 10 de setembro de 2011

OS LIMITES DA ESCOLA




Vivemos numa pouco heróica batalha contra o externo – passamos a vida inteira tentando mudar os outros e reformar o mundo.
Na busca de aprender o senso de limite não poderia ser diferente.

Pais desprovidos de senso de limites impedem sem perceber que os filhos o consigam.

Em se tratando dos interativos, muitas crianças são mandadas á pré – escola para brincar e aprender a conviver com outras da idade e, também para aprender limites; no entanto, se a “coitadinha” que, perturba e provoca a todos, chegar á casa, mordida, arranhada; aí da professora e da escola; pois a família arma o maior barraco, e se culpa logo quem tinha obrigação de “olhar a criança”; afinal estão ganhando para isso – para ensinar ás outras crianças os limites de ação sobre seu filho; claro que nem tanto dele sobre os outros.

Nossas crianças são livres para fazerem o que quiserem com os outros e isentas de receber os efeitos; nosso desejo é livrá-las de todo tipo de interação onde possam sair perdendo; Com os devidos descontos de cada situação particularizada, este é um dos exemplos de tentativa de transferência de responsabilidades na educação e no aprendizado de direitos e deveres e claro, dos limites.

Pela constância e intensidade das interações, o lar é o mais adequado local ao aprendizado da identificação das fronteiras pessoais e interativas.

Cabe aos adultos auxiliar a criança a identificar e expandir seu potencial e suas possibilidades; além de adequar sonhos e desejos ao que é possível no momento.

Estamos mais aptos ao aprendizado na infância, inclusive para definir até onde podemos chegar conosco e com os outros.

Com certeza vai aumentar em proporção geométrica o número de pessoas folgadas, entronas, sem educação e sem limites; especialmente os éticos - pois a escola nunca foi o melhor lugar para se aprender limites – ainda mais na atualidade com os professores “engessados” pelo poder público, superiores, família, ECA.

Ser professor hoje, mesmo com vocação é tarefa complicada. Manter a dignidade e a integridade física, psicológica e afetiva, junto ás “ferinhas” que não trazem disciplina alguma de casa – agir de mãos abanando, sem nenhum instrumento auxiliar ou de apoio é muito desgastante. Como manter acesa a chama do ideal e dos objetivos?

Assusta no número de professores que mal começaram na tarefa e já vivem contando os dias que faltam para a aposentadoria – o contingente de afastados por problemas de saúde de todos os tipos aumenta dia a dia. Claro que na escola pública o problema é mais grave – mas, na escola privada os problemas são ligeiramente diferentes.

Hoje quem mais sofre bulliyng na escola são os professores – de alto a baixo.

Pretende deixar que suas crianças aprendam limites na escola?
Repassar responsabilidades tem um alto preço.

Namastê.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

QUANDO O AMOR ASSUSTA




Embora todos no planeta já tenham sido muito amados um dia em algum lugar e por muitas pessoas; incontáveis almas não se recordam mais do que seja sentir o sentimento do amor. Da última vez; não foram filhos desejados; viveram sempre marginalizados, perseguidos, maltratados, desrespeitados – elas conhecem apenas o medo, a raiva, a agressão, o ódio – qualquer coisa que se apresente diferente disso lhes tira o chão, desarticula seu raciocínio.
Falar de amor para essas pessoas é como mostrar um avião para um silvícola – algo espantoso, amedrontador, incompreensível; pois não tem registro na sua experiência atual.

Algumas almas estejam encarnadas ou principalmente desencarnadas, assustam-se quando se fala de amor ou se cogita a possibilidade de serem amadas.

Em todos os momentos o sentimento do amor deve ser abordado com cautela; especialmente para os que não se lembram mais do que seja senti-lo.
O verbo amar já foi conjugado de todas as formas possíveis e imagináveis. Quantas vezes ouvimos as expressões: amor verdadeiro; amor falso. Eu te amo de verdade! Você me ama de verdade? Será possível amar de mentira? O que seria amor verdadeiro? O que seria amor falso? A maioria dirá que o amor verdadeiro é aquele amor sincero e desinteressado. Isso pode ser correto quando se trata de falar de amor; no entanto, amar é diferente de falar de amor. Antes de falarmos de amor, feito papagaios, será preciso refletir a respeito.
O amor é: Sentimento? Emoção? Atitude? Carinho? Afago? Energia? Pode ser qualificado? Há amor de boa qualidade e de má qualidade?

Concordo absolutamente que o amor tudo pode; tudo consegue; tudo transforma – já vivi essa experiência inúmeras vezes; inteligências vigorosas, argumentos imbatíveis desabam frente á simplicidade da energia do amor.
Ele deve ser percebido, sentido e expresso como a energia da vida. Como uma expressão harmoniosa do conjunto pensar, sentir e agir que nos caracteriza. Deve ser do conhecimento de todos que a energia irradiada nessa condição de emoção intensa, afeta além do agente emissor aquele a quem essa energia é direcionada. É capaz harmonizar mentes e corações endurecidos pelo desamor; pode curar e harmonizar.
Mesmo as pessoas que receberam desta vez atenção, carinho, cuidados, respeito, Até nós, quando lemos em algum lugar ou ouvimos de alguém que o amor cura; nós ficamos desconfiados de que estejamos sendo enganados.
Quando falarmos de amor, em especial para os desencarnados, é preciso criar uma atmosfera de estado de amor.
O que seria estar num estado de amor?
Estar receptivo ao amor. Sintonizar amorosamente.
Quando estamos prontos para dar e receber amor, entramos num estado amoroso que atinge todos os nossos elétrons, átomos e todas as nossas células do corpo físico.
Como fazer isso?
Simplesmente amando; praticando Mas, para amar é preciso compreender o que seja amor na sua plenitude. Então antes de falarmos de amor, é preciso aprender a amar – algo muito diferente de controlar, possuir.

Exercício para aprender a amar:
Vá a um lugar tranqüilo.
Feche os olhos.
Imagine-se na situação de não ter sido um filho desejado.
Nunca recebeu um carinho.
Vive jogado de um lugar ao outro.
Desconfiado. Com medo.
Desrespeitado.
Agredido.
Imagine-se vivendo uma existência inteira assim e desencarnando nessa condição...

Sempre que nos defrontemos com uma alma que está cristalizada na dor, raiva, ódio, prepotência; devemos recordar que ela está assustada com a possibilidade de ser amada. Afinal todos nós temos medo do desconhecido.
Para quem não se lembra mais do que é sentir amor; essa nova possibilidade amedronta.

Namastê.

domingo, 4 de setembro de 2011

HORA DE SE LIVRAR DOS COMPROMISSOS INUTEIS




A ânsia de sermos amados ou nos tornarmos vencedores invejados e elogiados o mais rápido possível; faz com assumamos tantos compromissos; desnecessários uns e inúteis outros.

Nós nos comprometemos uns com os outros na base do impulso de momento, no embalo da situação; e logo nos arrependemos.
Essa forma de agir causa distúrbios e sofrimentos vários, tanto em nós mesmos quanto nos outros; pois pouco corajosos ou com medo de desagradar; nem sempre desfazemos os compromissos que nos infelicitam e que são estéreis.

Um dos motivos importantes para tantos compromissos inúteis que nos roubam o tempo, tornando-o cada dia mais escasso é a pobreza de discernimento e a ignorância de quem somos e o que fazemos aqui.

Confesso que nunca vi tanta gente “chutando o pau da barraca” dos antigos compromissos, como se diz no popular; quanto na atualidade. Talvez seja devido á aceleração do tempo em virtude das alterações do campo magnético do planeta; sei lá.
Mas, a verdade é que as nossas antigas contenções estão indo para o espaço – “rodar a baiana” - embora essa não seja a melhor forma de resolvermos isso; pois, quem rasga o verbo ou toma atitudes antes inusitadas; passa a ser considerada pessoa problemática ou louca pelas criaturas em torno.

Estamos quebrando compromissos, de forma subconsciente, usando a perda de memória; esquecendo o que realmente não nos interessa mais – mas essa atitude é inadequada e pode ser até perigosa.
O ideal seria fazer um inventário de nossos compromissos e obrigações; para selecionar o que é importante do que pode e deve ser descartado; sem escandalizar os em torno; pois a saraivada de petardos recheados de energia negativa pode até nos fazer adoecer.

Isso feito; é só começar o treino de bem usar a palavrinha mágica: NÃO! – deixando de lado as desculpas e justificativas.

Namastê.