sábado, 11 de setembro de 2010

FAMÍLIA BAGUNÇADA – SOCIEDADE ZONEADA – PERIGO Á VISTA

É preciso cumprir as regras.

Na vida humana em comum há um problema maior do que instituir regras claras, lógicas e inteligentes de convivência: aplicar essas regras de forma justa.

Simples palavras não educam ninguém...
(Graças a Deus, caso contrário o mundo seria um hospício sem conserto)
Na vida em família é preciso que a criança conheça as regras de forma clara e lógica. Porém, quanto mais se fica repetindo na orelha da criança pior é. Maior se torna o impulso de violá-las.
A fixação das regras pelo subconsciente da criança decorre dos exemplos diários que recebe dos adultos no cumprimento das regras que eles mesmos instituíram. Como as pessoas têm pouca consciência da maior parte de suas atitudes, vivem abrindo exceções para si mesmas ou para outros, mas só quando lhes convém.

Regras existem para serem cumpridas e para serem quebradas...
Deve ficar bem claro que elas podem ser quebradas e desrespeitadas por qualquer um, quando for da sua vontade. As regras nunca podem tolher a liberdade das pessoas. Apenas há um preço a pagar: as conseqüências disso devem ser vividas de forma integral, tanto faz que se arrependa ou não, sem choradeira ou revolta. A isso, chama-se aprender a arte da responsabilidade, um fator importante para desenvolver o sentimento do amor. Quem ama se responsabiliza pelo objeto do seu amor; não o faz obrigado ou sob pressão; mas de forma livre e voluntária.
Não responsabilizar-se pelas próprias escolhas é um dos grandes entraves à humanização das pessoas. Além disso, é a base de sentimentos negativos e destruidores como: revolta, negativismo, insatisfação. Todos eles fazendo parte integrante do que chamamos dor ou sofrer.
A criança deve ser alertada para o fato de poder quebrar as regras, mas que deve pensar muito bem nas possíveis conseqüências tanto para si mesma quanto para os outros.

Obrigação não merece elogios...
Muito cuidado para não acoplar o cumprimento das regras a valores afetivos e a elogios. Não pode haver prêmio para regras cumpridas, pois logo o sistema descamba para o suborno e a chantagem.
Elogios são para quem faz mais do que suas obrigações. E deve ser dado na hora certa, no exato momento. Pessoas que desde a infância são movidas em suas atitudes por elogios, quando eles não vêm tornam-se depressivas; e até passam a cumprir simples obrigações de má vontade e podem passar a fazer as coisas mais simples malfeitas.

Formação de quadrilha começa em casa...
Para manter seus interesses de poder, não é raro que o pai ou a mãe escondam um do outro uma arte ou uma pisada na bola da criança. Essa inocente cumplicidade pode trazer grandes problemas futuros e afetar a personalidade da criança de forma danosa.

Perdão inadequado, repetição certa...
Dessa vez passa!!!
Essa é a forma de acabar rapidamente com quase todas as regras que regem a vida em família, tornando-a uma bagunça do tipo: cada um faz o que lhe dá na telha. Hoje pode, pois estou de bom humor. Seu pai não deixou, ele é muito chato mesmo, pode ir que depois eu seguro as pontas, etc.

É preciso competência até para assumir a própria mediocridade...
Os adultos devem buscar se tornar competentes para criar regras e limites e para fazer com que sejam cumpridos. Muitas regras são desrespeitadas por preguiça, insegurança ou medo.

É comum que questionemos a bandalheira em que se tornou nossa sociedade num crescendo; sem atentar para as origens do problema: a família sem regras gerando indivíduos sem limites de desobediência, ganância e “mau caratismo” (segundo o bem amado) para atingir seus egoístas interesses de grana e de poder. O problema é muito grave; pois, assim como assistimos ao desmanche das famílias; podemos assistir de forma bem mais grave o desmanche da sociedade, já quase em pé de guerra.
Na família ou bem ou mal ainda há os laços de sangue a quebrar o galho na hora do “vamo vê” das disputas; mas, na vida social; os laços de sangue podem virar poças...

Projetemos isso no momento social e político que está começando; afinal 2010 é um ano de vacas gordas; mas, como grana não nasce em árvores; de 2011 em diante – não é nada inteligente nem correto entregar apenas nas mãos de Deus...

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