PROBLEMA EU? PROBLEMA MEU?
Para iniciar, devemos nos perguntar: pessoa/problema para quem? Para ela mesma, para os outros ou para o funcionamento de um grupo? Essa pessoa se vê como um problema ou não? – Ela tem consciência da situação? - Já que isso faz muita diferença no final. Não pode essa pessoa/problema ser ao mesmo tempo um caminho e uma solução para os outros? – Serão ferramentas inconscientes para nos obrigar a parar para pensar e reavaliar condutas? – Talvez; pois somos independentes e interdependentes - quer queiramos ou não nosso sentir-se feliz ou infeliz está atrelado ao sentir-se feliz ou infeliz dos que nos cercam.
Com certeza você já percebeu que é impossível separar seus problemas dos problemas da sua família, por mais alienado, magoado ou enraivecido que esteja com eles, os laços que nos unem não podem ser rompidos, apenas afrouxados pela soberania emocional conquistada de forma planejada e voluntária. É nosso costume avaliar as pessoas como problema para os nossos interesses e álibis, embora isso seja quase sempre negado.
Usando de várias formas de enxergar as situações é que podemos estudar como reformular nossa visão de pessoas com problemas ou causadoras deles. Por quê? – O conceito é básico: como tudo; a vida em família precisa se aperfeiçoar sempre; mas isso também exige mudanças de conceitos e valores – e elas devem ser planejadas; não improvisadas, apenas para fugir da dor e do sofrimento. Tudo pode e deve ser planejado. A vida é fantástica pois sempre deixa um conjunto de possibilidades indefinido e infinito para escolhas e mudança dessa escolha ao vermos expandir-se tudo que antes foi desencadeado. Se você começou problemas verá expandirem-se esses problemas. Se você iniciou conflitos contemplará a expansão dos conflitos. Se você plantou as sementes do amor, então perceberá que o amor se expande e dá frutos.
Tudo pode ser modificado, apenas é preciso respeitar algumas regras.
Uma delas é a lei da relatividade, pois: não temos a capacidade de manipular nem de dominar o tempo linear. Estamos submetidos a ele tal e qual uma pessoa que se submete à trajetória de uma pedra que acabou de lançar. A imaturidade de querer subverter essa lei é uma das causas da Ansiedade Mórbida. Para compensar: somos livres no espaço, tal e qual uma pessoa é livre para lançar ou não a pedra que está na sua mão. A atenção que devemos ter é no momento de desencadear as ações; ou seja, no momento em que as coisas nascem; pois é nessa hora que se imprime a trajetória que nada nem ninguém, pode mudar de pronto. Em se tratando de familiares com problema ou causadores de problemas, a pedra ou a formação da família já foi lançada e agora seus efeitos se farão sentir em cada um e em todos os envolvidos, intermitentemente, sem volta. Como é impossível deter os efeitos sem que se atue na causa, o que nos parece mais sensato e verdadeiro é que todas as famílias necessitam de reestruturação para melhorar a qualidade dos efeitos produzidos em cada um e no grupo. E o primeiro passo é redefinir o conceito de pessoas/problema tanto no meio familiar quanto no contexto social.
Então quem é o problema? – Onde está o problema?
sábado, 2 de janeiro de 2010
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