sábado, 6 de agosto de 2011

A vida em família ensina a solidão




Embora a aceleração planetária nos esteja atirando de encontro a nós mesmos até nos posicionarmos com nossos afins; estilo máquina de separar grãos: agita, agita e depois seleciona: ser humano tipo 1 aqui, ser humano tipo 2 ali, ser humano tipo 3 acolá... – o que gera uma sensação de estar só no mundo; pois normalmente os em torno vivem em mundos paralelos e os pontos de intercessão têm sido apenas na parte negativa que predomina na educação, cultura e na visão de mundo da maioria das religiões.

Mas o cúmulo do descuido em evitar essa sensação que limita a existência é a ação da própria família.

Pais e mães ensinam as crianças a desconfiarem das intenções do próximo, mais próximo:
Deles mesmos.

Nossos lares costumam ser muito complicados e, muitos casais vivem sempre às turras na frente dos filhos. Grande número de pais e mães sinaliza com seu padrão de atitudes diárias que, as pessoas não são confiáveis e, ajudam a criar no subconsciente das crianças, um que, de desconfiança quanto às pessoas com quem poderão se relacionar um dia. Como exemplo: muitas mães costumam aconselhar as filhas a não confiarem em seus presentes ou futuros maridos, apenas pelo fato de que são homens, o que, os torna potencialmente traidores conjugais, segundo a visão de mundo que elas aprenderam e cultivam.

Nosso padrão de crenças costuma formar-se e fixar-se até os sete anos de idade. Uma criança criada num ambiente de desconfiança e num clima de falta de entrega aos outros, fatalmente será um indivíduo que também não se entregará aos outros com confiança.

Nenhum por todos,
e,
cada um por si.

Geração a geração, a vida em família é por demais, solitária.
Cada um vive para si e por si, segundo os seus interesses do momento, sejam relacionados com a sua evolução espiritual (coisa ainda rara) ou apenas tentando controlar a vida dos outros (a figura caricata da mãezona, a futura sogra); o que, os torna adversários sem o serem.

A cabeça da criança entra em parafuso, pois, às vezes, também por interesses do momento, os adversários do cotidiano se tornam aliados por algum tempo e, logo voltam ao antagonismo.
A criança criada nesse tipo de ambiente de competição e desconfiança; termina dia a dia, desenvolvendo o receio de ser enganada, passada para trás, traída, até pelas pessoas mais queridas; e se protege disso, evitando não se entregar plenamente nos relacionamentos, isolando-se, defendendo-se sem saber muito bem de quem e do quê.
O planeta vai melhorar muito quando deixarmos apenas de procriar e realmente passarmos a estudar as almas que concordamos em receber para orientar na existência.

Muitas pessoas que sofrem de solidão doentia devem creditar parte disso á família; mas, apenas parte – pois só é solitário sofrido quem quer.
Estar sempre solidário cura qualquer sensação ruim de solidão.

Namastê.

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