quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

SALDÃO DE FIM DE ANO

Finadas as festas de fim de ano não custa nada dar uma parada para refletir a respeito da vida em família.
Como transcorreu a vivência no ano que passou?
Houve algum problema?
Na família há pessoas problema?
Pessoa problema para quem?
Para ela mesma, para os outros ou para o funcionamento de um grupo? Essa pessoa se vê como um problema ou não? Pois, isso faz muita diferença no final.
Não pode essa pessoa ser ao mesmo tempo um caminho e uma solução para os outros?

Sair da superficialidade das relações é muito importante; pois, quer queiramos ou não; nosso sentir-se feliz ou infeliz está atrelado ao sentir-se feliz ou infeliz dos que nos cercam.
Com certeza você já percebeu que é impossível separar seus problemas dos da sua família, por mais alienado, magoado ou enraivecido que estejamos com eles, os laços que nos unem não podem ser rompidos, apenas afrouxados pela soberania emocional conquistada de forma planejada e voluntária. É nosso costume avaliar as pessoas como problema para os nossos interesses, embora isso seja quase sempre negado.

O que fazer?

Como tudo na vida, a família precisa se aperfeiçoar sempre; mas isso exige mudanças de conceitos e valores; que devem ser planejadas e não improvisadas, para fugir da dor e do sofrimento
Tudo pode ser planejado.
A vida é fantástica pois sempre deixa um conjunto de possibilidades indefinido e infinito para escolhas e mudanças.
Tudo pode ser modificado, apenas é preciso respeitar algumas regras. Uma delas é a lei da relatividade, pois:
Não temos a capacidade de manipular nem de dominar o tempo linear. Estamos submetidos a ele tal e qual uma pessoa que se submete à trajetória de uma pedra que acabou de lançar. A pouca maturidade de querer subverter essa lei é uma das causas da Ansiedade Mórbida. Para compensar: somos livres no espaço, tal e qual uma pessoa é livre para lançar ou não a pedra que está na sua mão. A atenção que devemos ter é no momento de desencadear as ações ou seja no momento em que as coisas nascem; pois é nessa hora que se imprime a trajetória que nada nem ninguém poderá mudar. Em se tratando de familiares com problema ou causadores de problemas, a pedra ou a formação da família já foi lançada seus efeitos se farão sentir em cada um e em todos os envolvidos. Como é impossível deter os efeitos sem que se atue na causa, o que nos parece mais sensato e verdadeiro, é que as famílias necessitam de reestruturação para melhorar a qualidade dos efeitos produzidos em cada um e no grupo.

Nossa vida íntima e social é paradoxal.
A família não deixa de ser vista e sentida como um paradoxo, pois de um momento para o outro, num piscar de olhos ela alegra ou entristece, cura ou adoece, vivifica ou mata, enobrece ou avilta.
Na verdade, a família não é somente um foco de lutas e problemas, mas também é uma fonte geradora de felicidade quando há entre os seus componentes uma mínima compreensão dos destinos do ser humano.

É hora de balanço:

Como contribuí para a paz e harmonia da reunião familiar?
O que fiz para contaminar as outras pessoas com qualidade?
Serei eu a pessoa problema?

Sempre quem deve mudar sou eu – os outros o farão quando quiserem e quando se capacitarem.

O que posso fazer neste ano com mais paz na vida em família?

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