sábado, 27 de fevereiro de 2010

A VIDA EM FAMÍLIA ENSINA A SOLIDÂO?

A vida em família ensina a não confiar?

Um dos fantasmas da qualidade de vida contemporânea é a sensação de solidão; de estar só no mundo; de não ser amado; de incompreendido – claro que há os que gostam de estar sós por opção – mas, para a maior parte dos solitários; a solidão é doentia.

Será que até a educação contribui para isso?

Pais e mães ensinam as crianças a desconfiarem das intenções do próximo, mais próximo:
Deles mesmos.

Nossos lares costumam ser muito complicados e, muitos casais vivem sempre às turras na frente dos filhos. Grande número de pais e mães sinaliza com seu padrão de atitudes diárias que, as pessoas não são confiáveis e, ajudam a criar no subconsciente das crianças, um que, de desconfiança quanto às pessoas com quem poderão se relacionar um dia. Como exemplo: muitas mães costumam aconselhar as filhas a não confiarem em seus presentes ou futuros maridos; apenas pelo fato de que são homens; o que, os torna potencialmente traidores conjugais; segundo a visão de mundo que elas aprenderam e cultivam.
Nosso padrão de crenças costuma formar-se e fixar-se até os sete anos de idade. Uma criança criada num ambiente de desconfiança e num clima de falta de entrega aos outros, fatalmente será um indivíduo que também não se entregará aos outros com confiança.

Nenhum por todos, e, cada um por si.

Geração a geração, a vida em família é demais solitária. Cada um vive para si e por si, segundo os seus interesses do momento; sejam relacionados com a sua evolução espiritual (coisa ainda rara) ou apenas tentando controlar a vida dos outros; (a figura caricata da mãezona; ou a futura sogra), o que nos torna adversários sem que o sejamos.
Dia a dia vivendo nesse clima afetivo; a cabeça da criança entra em parafuso; pois, às vezes, também por interesses do momento, os adversários do cotidiano se tornam aliados por algum tempo e, logo voltam ao antagonismo.
A criança criada nesse tipo de ambiente competitivo; e desconfiado; termina dia a dia desenvolvendo o receio de ser enganada, passada para trás, traída, até pelas pessoas mais queridas; e se protege disso; evitando não se entregar plenamente nos relacionamentos, isolando-se, defendendo-se sem saber muito bem de quem e do quê.

O convite: Que tal refletirmos a respeito do que passamos ás nossas crianças – quando se trata de confiança e entrega?